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"Vinicius de Morais" Soneto do amigo

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...

8 comentários:

cara
esse soneto destrói o ritmo do macaco!

poesia linda!

http://sweetboldness.blogspot.com/

Mais um soneto do inesquecível Vinicius de Andrade... Quam nunca teve um grande ou apenas um amigo pra estar presente... Com o tempo alguns saem da nossa vida (e deixam muitas lembranças) outros permanecem. Como um ciclo constante, como uma amizade!

http://ehdireito.blogspot.com/


 








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