Quando eu morrer, não soltem meu Cavalo
nas pedras do meu Pasto incendiado:
fustiguem-lhe seu Dorso alardeado,
com a Espora de ouro, até matá-lo.
Um dos meus filhos deve cavalgá-lo
numa Sela de couro esverdeado,
que arraste pelo Chão pedroso e pardo
chapas de Cobre, sinos e badalos.
Assim, com o Raio e o cobre percutido,
tropel de cascos, sangue do Castanho,
talvez se finja o som de Ouro fundido
que, em vão – Sangue insensato e vagabundo
tentei forjar, no meu Cantar estranho,
à tez da minha Fera e ao Sol do Mundo!
1 comentários:
Ainda não tive a oportunidade de ler o Ariano, e somos do mesmo estado e tenho seu nome feminino. rs
Seu blog é muito organizado... Quando acessei aqui, vi inúmeros textos para serem lidos e escolhi este primeiro. Parabéns!
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